quarta-feira, 31 de março de 2010

O livro de Pinto da Costa



A entrevista de Judite de Sousa a Pinto da Costa já ia longa quando o presidente do FC Porto surpreendeu a jornalista e entregou-lhe um livro que o acompanhou durante a conversa que durou 40 minutos.

O gesto em si terá causado algum espanto e o nome do livro, que PC apelidou de "obscuro", despertou uma certa curiosidade. "O Águia do Graveto", podia ler-se a vermelho numa capa com fundo preto. A obra, da autoria de Nogueira Baptista e da editora VOXGO, tem 272 páginas e custa 17 euros.

Numa análise mais aprofundada, é possível verificar que "O Águia do Graveto" fala sobre temas como a manipulação desportiva, um assunto que tem andado nas bocas do futebol português. Segundo uma descrição apresentada pelo escritor, "O romance esquadrinha uma realidade de manipulação com a qual convivemos como azeite e vinagre, tornando possível ao diabo infiltrar-se e operar numa procissão de tementes a Deus. O Águia do Graveito apresenta personagens com uma mentalidade ganhadora, sempre que se trata de graveto (dinheiro, n.d.r.)."

in Record

Ora vamos lá "esmiunçar" isto: No site do autor pode ler-se a crítica:

O autor apresenta, num romance polifónico, a mentalidade ganhadora do senhor Ferreira, um dirigente desportivo de topo. (...)

Os homens são o que foram, são o seu passado. Por isso tentam que a sua imagem pública apareça limpa de toda a mancha socialmente negativa. (...)
[é o que Pinto da Costa tanto tenta fazer]

Também integram o argumento:
- O inconformismo de uma mulher perante o aproveitamento de que foi vítima, num cenário de concorrência desleal, para recuperar a estima por si mesma;
[chama-se Carolina Salgado, utilizada como intermediária da "fruta" e como interluctora entre Pinto da Costa e os Super Dragões]


- A luta sem quartel, entre empresas, pela conquista de mercado, trazendo para a luz do dia os expedientes utilizados, a traição, a corrupção, a luta pelo poder e inevitavelmente o amor e a morte.
[o príncipal protagonista é mesmo a OliveirinhaTV e os seus jogos de bastidores]

- A escapatória para as actividades criminosas, inconfessáveis, de que ninguém quer assumir o protagonismo, excepção para os que são flagrados, que funcionam no seio das actividades legais;
[as escutas no youtube foram o flagrante, o resto todos fomos sabendo ao longo dos tempos]

-E finalmente, há sempre um "bode expiatório", se dermos tempo à corrupção de fazer o seu efeito. (...) Os criminosos continuam a operar livremente; a polícia e a justiça cumpriram o seu papel e justificaram a sua existência um dialéctico "faz de conta"; (...)
[o bode expiatório sempre existiu, sendo que este ano é Ricardo Costa. A justiça e a polícia bem tentam fazer o seu trabalho, mas são manipulados pela falada corrupção]

Como veem, Pinto da Costa ofereceu um livro para que Judite de Sousa saiba como ele tem feito tanta falcatrua e tem saído impune.

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