O antigo presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP) vai ser julgado pelo crime de participação económica em negócio lesivo do erário público. Além de Cardoso, o Tribunal de Instrução Criminal do Porto pronunciou também três administradores da SAD do FC Porto – Angelino Ferreira, Adelino Caldeira e Eduardo Tentúgal.
A decisão instrutória, citada pela edição online do Público, pronuncia ainda os técnicos avaliadores da CMP, José Almeida Lopes e Liberto Reis Pinto.
Em causa está uma permuta imobiliária, realizada em 1999, de um terreno nas Antas (propriedade do FC Porto) por parcelas no Parque da Cidade (detidas pela CMP). Na altura, ambos os terrenos foram avaliados em quatro milhões de euros.
Posteriormente, os peritos da Inspecção-Geral de Finanças concluíram que as parcelas das Antas deveriam ser avaliadas pelo que eram na altura (zona desportiva) e não pelo que viriam a ser (área de construção).
O seu valor comercial não ultrapassava, por isso, 1,5 milhões de euros, tendo, assim, a CMP sido lesada em 2,5 milhões de euros.
Factos que levaram a juíza de instrução do processo, Lígia Trovão, a considerar que o negócio em causa «prejudicou a Câmara Municipal do Porto (…) em exclusivo benefício do FC Porto».
A magistrada sublinha ainda o facto de antigo presidente da CMP ter passado, a partir de 3 de Novembro de 2000, «a integrar os órgãos sociais do Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, fazendo parte do Conselho Consultivo».
Agora, Nuno Cardoso arrisca-se a ser condenado a uma pena de prisão até cinco anos e a uma multa de 50 a 100 dias.
in A Bola
Mais um "desviozito" de dinheiros feito pela Futebol Corrupto do Porto.
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