domingo, 21 de março de 2010

Administrador do FCP Espregueira Mendes condenado a prisão efectiva

O administrador da FC Porto Multimédia, Nuno Espregueira Mendes, foi condenado a 6 anos de prisão efectiva por burla qualificada. O colectivo de juízes do Tribunal de S. João Novo, no Porto, considera provado que o ex-administrador da SAD portista usou elevadas somas dos depósitos de clientes do balcão do Banco Mello nas Antas, onde era gerente, para aplicações na Bolsa, usufruindo das mais-valias e concedendo empréstimos com juros abaixo dos praticados pelo Banco. O FC Porto terá sido um dos beneficiados pelas condições especiais de empréstimo.



O Tribunal de S. João Novo considera que Espregueira Mendes concedeu ao FC Porto um empréstimo de 2,5 milhões de euros com condições à margem das praticadas pelo Banco Mello. A Joaquim Oliveira , proprietário da Olivedesportos, terá emprestado cerca de 10 milhões de euros, enquanto Adelino Caldeira , administrador da SAD portista, terá beneficiado de um empréstimo de 2,1 milhões de euros, e António Oliveira , ex-seleccionador e principal accionista individual da SAD azul e branca, terá recebido um empréstimo de cerca de 2,5 milhões de euros.

« Estas pessoas eram das relações do arguido e tinham ligações ao FC Porto e à sua SAD, da qual o arguido era administrador, tendo efectuado tais financiamentos usando montantes dos depositantes do Banco Mello, montantes transferidos para beneficiários daqueles empréstimos », atesta-se no acórdão do Tribunal de S. João Novo.

Entre os clientes do Banco prejudicados contam-se Drulovic, Zahovic e Secretário , ex-jogadores do FC Porto, e Rui Moreira , presidente da Associação Comercial do Porto e conhecido adepto portista. O Banco Mello devolveu-lhes a totalidade dos créditos a que tinham direito.

O acórdão realça ainda que Espregueira Mendes « geriu a seu bel-prazer mais de 100 milhões de euros » e que usufruiu de « quantias que não se conseguiram apurar ». « Actuou como se tratasse de um banqueiro e não de um bancário que realmente era », conclui o mesmo documento.

in Relvado (Aqui)

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