terça-feira, 2 de março de 2010

Ainda o caso do Hulk e do Sapunaru

Ricardo Costa, o presidente da comissão disciplinar(CD) da Liga, tem estado permanentemente debaixo de fogo e pior ficou com o famigerado caso do "Túnel da Luz".
A onda de contestação tem chegado, sobretudo, do Dragão e de fazedores de opinião mais próximos do FC Porto.
Entre outras criticas imputadas a Ricardo Costa no processo de Hulk e Sapunaru por agressões a um Steward(quatro e seis meses de respetivamente), reclama-se do tempo que correu entre os factos e a decisão. Esse Benfica-Porto jogou-se a 20 de Dezembro, o presidente da CD comunicou a 19 de Fevereiro. Passaram praticamente dois meses.
Ora, num Estrela da Amadora-FC Porto realizado a 28 de Fevereiro de 1997, Fernando Mendes agrediu um bombeiro de serviço no Estádio José Gomes.
A agressão do defesa dos dragões ficou provada e a Liga puniu o jogador com três meses de suspensão e 310 mil escudos de multa ao abrigo da mesma norma pela qual este ano foram sancionados Hulk e Sapunaru(art. 115º do Regulamento Disciplinar).
A questão é que, no caso de Fernando Mendes, a CD decidiu a...3 de Abril de 1998: 13 meses depois. A recuperação deste episódio será, por si só, o maior elogio que é possível fazer ao desempenho de Ricardo Costa.
Mais: um processo que demorou 13 meses a concluir resultou, então, num acórdão com sete páginas, contra as cento e vinte e duas no caso mais recente, tratado-relembre-se-em menos de dois meses e com férias natalícias no meio.
Por fim: o bombeiro da Amadora (Joaquim Grilo) foi considerado "interveniente do jogo com direito a acesso e permanência no recinto desportivo" e o tal artigo-115.º-que serviu para castigar Fernando Mendes nasceu num tempo em que o presidente da comissão Executiva da Liga era o José Guilherme de Aguiar.
E como pode agora um Steward (que, por força da lei, passou a ser obrigatório nos estádios) ser visto de forma diferente?

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